Bosque dos Sentimentos

04/07/2019

A menina passeava,
No famoso bosque de sentimentos,

Com a calma ela andava,

E tinha a alegria como alento.


A alegria falava,

À todo momento,

Ela não se calava,

Pois não havia sofrimento.


A calma caminhava,

Devagar e sonolenta,

Com sono ela estava,

Com o cansaço ela se emenda.


Uma mulher vinha pelo caminho,

Cabisbaixa com um guarda-chuva,

Uma lágrima e uma taça de vinho,

Era escura como uma uva.


Seu nome era tristeza,

Estava afogando as mágoas,

Na taça com certeza,

Em seu rosto escorriam águas.


Ela passou calada,

Somente o choro era ouvido,

Sua tristeza enraizada,

Era seu único motivo.


Mais a frente um belo homem,

Com o peito estufado andava,

Mostrando estar bem,

E como orgulho se apresentava.


Ele passou com um amigo,

Andando rápido na direção contrária,

Era o egocentrismo,

Os dois sem falar nada.


No meio da caminhada,

A agonia estava no gramado,

No chão estava sentada,

Tremendo no silêncio entrecortado.


A menina passou quieta,

Viu mais uma ao longe,

Era a ilusão sempre esperta,

Quem caminhava no horizonte.


Ela se virou com um sorriso,

Era tão inteligente,

E seu corpo tão bonito,

Tinha uma vivacidade latente.

Ela foi até a garota,

E falou algo em seu ouvido,


A calma e alegria não se deram conta,

Só viram o resultado disso.

O sorriso da menina foi embora,


A calmaria também,

Ela continuou na hora,

Mas viu que não lhe fazia bem.


A menina se cansou,

A mesma não mais sorria,

E enfim se apresentou,

Seu nome era infância.


Mayara Floripes

Onde está a criança do passado, que se tornou o adulto do presente?

"E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância"  Velha Infância - Tribalistas

Mayara Floripes - Recife, PE
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