Bosque dos Sentimentos
Com a calma ela andava,
E tinha a alegria como alento.
À todo momento,
Ela não se calava,
Pois não havia sofrimento.
Devagar e sonolenta,
Com sono ela estava,
Com o cansaço ela se emenda.
Cabisbaixa com um guarda-chuva,
Uma lágrima e uma taça de vinho,
Era escura como uma uva.
Estava afogando as mágoas,
Na taça com certeza,
Em seu rosto escorriam águas.
Somente o choro era ouvido,
Sua tristeza enraizada,
Era seu único motivo.
Com o peito estufado andava,
Mostrando estar bem,
E como orgulho se apresentava.
Andando rápido na direção contrária,
Era o egocentrismo,
Os dois sem falar nada.
A agonia estava no gramado,
No chão estava sentada,
Tremendo no silêncio entrecortado.
Viu mais uma ao longe,
Era a ilusão sempre esperta,
Quem caminhava no horizonte.
Era tão inteligente,
E seu corpo tão bonito,
Tinha uma vivacidade latente.
E falou algo em seu ouvido,
A calma e alegria não se deram conta,
Só viram o resultado disso.
A calmaria também,
Ela continuou na hora,
Mas viu que não lhe fazia bem.
A mesma não mais sorria,
E enfim se apresentou,
Seu nome era infância.
Onde está a criança do passado, que se tornou o adulto do presente?
"E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância" Velha Infância - Tribalistas